III SEPERI

O II Seminário de Pesquisa em Relações Internacionais (SEPERI) ocorrerá no ano de 2022, voltando-se para o debate de pesquisas concentradas em Economia Política Internacional e Política Internacional, temáticas ligadas às linhas de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais.

Com o objetivo de fomentar o debate acadêmico de pesquisas em andamento no campo de Relações Internacionais e áreas afins, o evento estimulará o intercâmbio de discussões nos eixos temáticos de Economia Política Internacional, Política Internacional, Segurança Internacional, Defesa e Estudos Estratégicos, Política Externa Brasileira e Análise de Política Externa e Estudos Críticos e Pós- Coloniais.

Nessa edição, o tema do evento será (Re)pensando a posição do Brasil na contemporaneidade: desafios e balanços de um período de retrocessos. O início dos anos 2000 foram de otimismo em relação ao Brasil. Economicamente, o país retomava o crescimento mantendo a inflação sob controle, o real se estabilizava e os traumas das duas décadas anteriores pareciam ficar no passado. Tamanho era o otimismo em relação a projeção global do país que no ano de 2001, a partir do relatório da Goldman Sachs intitulado de “Building Better Global Economic BRICs”, o Brasil veio a ser categorizado como uma potência emergente pertencente ao grupo de quatro mercados emergentes denominado de BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) que estavam previstos para administrar a economia mundial em 2050. No âmbito doméstico, a democracia parecia se consolidar sendo acompanhada da redução das desigualdades, e apesar de inúmeros desafios, a imagem do Brasil melhorava em agendas como o meio ambiente e os diretos humanos.
Contudo, na contemporaneidade o clima de otimismo deu lugar ao pessimismo ilustrado, sobretudo, através de constantes retrocessos exemplificados no esvaziamento do Brasil enquanto liderança no âmbito regional e internacional, desgaste das instituições democráticas, no aumento das desigualdades, no descaso com o meio ambiente e nos frequentes ataques aos direitos humanos. É diante deste quadro que se faz de extrema importância estabelecer um debate que nos permita (re)pensar a posição do Brasil na contemporaneidade, no que tange principalmente seus desafios e balanços acerca de um período marcado por tantos retrocessos e desgastes de sua imagem.

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